Em 2001, o Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1 acontecia em Spa-Francorchamps, um traçado conhecido por suas curvas velozes e desafiadoras. Logo na largada da prova, um choque envolvendo três carros alterou o rumo da competição e deixou o Brasiliano Luciano Burti em uma situação grave.

A bordo de sua Prost, Burti teve uma colisão com o carro do alemão Michael Schumacher e com o monoposto do suíço Ricardo Zonta. O impacto foi tão forte que a Prost de Burti ficou seriamente danificada e começou a derrapar descontroladamente na pista. O piloto brasileiro perdeu a consciência e foi levado às pressas para o hospital.

As imagens do acidente de Burti em Spa foram chocantes. O carro do piloto estava completamente destruído, com a roda dianteira esquerda separada da estrutura e a traseira impactada. O cockpit, onde Burti estava, estava completamente amassado, reforçando a gravidade do choque.

Felizmente, Burti sobreviveu ao acidente, mas não sem graves lesões. O brasileiro sofreu uma concussão e uma fratura na coluna cervical, que o deixou de fora das pistas por alguns meses. O acidente deu um susto em todos os fãs da Fórmula 1 e mostrou que a segurança dos pilotos ainda era uma questão importante a ser resolvida.

A partir do choque de Burti em Spa, a organização da Fórmula 1 começou a repensar as medidas de segurança para os carros e para os circuitos. Uma série de mudanças foram implementadas nos anos seguintes, como o uso do HANS (Head and Neck Support), uma espécie de colar cervical que evita lesões graves na coluna dos pilotos em caso de acidentes.

Além disso, as barreiras de proteção foram aprimoradas e as curvas mais perigosas ganharam mais áreas de escape, permitindo que os carros desacelerassem antes do impacto. Essas modificações, somadas às evoluções tecnológicas dos carros, ajudaram a evitar acidentes graves como o de Burti em Spa.

O choque de Burti em Spa foi uma tragédia para o piloto e sua equipe, mas serviu como um ponto de virada na segurança da Fórmula 1. A partir daquele acidente, a categoria se comprometeu a oferecer aos pilotos as melhores condições de proteção e minimizar os riscos envolvidos nas corridas. Hoje em dia, a Fórmula 1 é uma das categorias mais seguras do automobilismo, graças às mudanças implementadas após o acidente de Burti.