Desde a Grande Depressão da década de 1930 até a crise financeira de 2008, a economia mundial atravessou momentos de turbulência que deixaram cicatrizes profundas e transformaram a forma como as sociedades se organizam. Na primeira metade do século XX, a explosão de desigualdade, a especulação financeira e a queda do mercado de ações nos Estados Unidos levaram ao colapso do sistema econômico global, gerando uma onda de pobreza, desemprego e instabilidade política.

A partir dos anos 70, a abertura dos mercados e a globalização geraram novas oportunidades de crescimento econômico, mas também aumentaram a vulnerabilidade do sistema às flutuações do mercado financeiro. O aumento da interdependência entre os países, a crescente influência do setor financeiro e o surgimento de novos instrumentos de crédito e derivativos criaram uma ilusão de estabilidade que, porém, não resistiu à crise de 2008, quando a bolha especulativa estourou, desencadeando uma recessão global e a maior crise financeira desde a Depressão.

Não foi a primeira e nem será a última crise a abalar a economia global, mas a crise de 2008 exemplifica de maneira clara as principais fragilidades do sistema econômico atual: a falta de transparência, o desequilíbrio de poder entre os atores, a excessiva financeirização da economia, a falta de controle social sobre as decisões dos mercados e a ausência de uma governança global eficaz.

Em meio a essas adversidades, é preciso lembrar que as crises também são oportunidades para crescer e mudar. Nos últimos anos, surgiram várias iniciativas para dar mais transparência e responsabilidade ao setor financeiro e reorientar a economia para uma abordagem mais sustentável e inclusiva. Da mesma forma, a economia digital, a emergência de novos mercados e a preocupação crescente com questões sociais e ambientais oferecem perspectivas de transformação positivas.

Crash - A história da economia global nos mostra que a economia é uma ciência complexa e imprevisível, mas também nos ensina que as crises são oportunidades para revisarmos nossas prioridades e buscar um modelo econômico mais justo e equilibrado. Cabe a nós, como sociedade, aproveitar essas oportunidades e construir um futuro mais próspero e sustentável para todos.